
Os franceses chamam-na Camomille Romaine, os espanhóis Manzanilla e os ingleses, Chamomille. Seu emprego na Medicina vem de-tempos remotíssimos e ainda hoje não existe quem não tenha em seus jardins ou suas hortas a famosa camomila, também usada como chá para crianças, parturientes, etc.

Para se obter um quilo de flores secas, são necessários cinco ou seis quilos de flores frescas. Há uma variedade dela, densamente cespitosa e de capítulos sem lígula e é conhecida como macela galega. É planta originária da Europa, porém muito difundida e aclimatada no Brasil.

Substituía a quinina na Europa, no tratamento das febres e antes que a quinina fosse descoberta. Seus capítulos também encerram cânfora, tanino, ácido antêmico e um óleo essencial, volátil e viscoso, verde-escuro muito aconselhado contra o reumatism o e a gota. Ainda os capítulos, reduzidos a pó, servem para obter-se o “pyrethro”, como parasiticida.

São tônicos, estomáquicos, carminativos, estimulantes, digestivos e antispasmódicos, combatendo as eólicas ventosas, as crises nervosas, as febres tifóide e intermitente, e também a dismenorréia, em virtude de espasmos uterinos.

É planta amarga e perfumada, muito empregada como medicamento. Seus capítulos devem ser colhidos antes de completar-se o desenvolvimento a fim de que as qualidades medicinais existam com mais eficiência.

Suas flores, singelas ou dobradas, são amarelas, muito perfumadas, reunidas em capítulos ligulados, longo pediculados, solitários no ápice dos ramos e com disco branco, e seu fruto é esverdeado.

CAMOMILA-ROMANA
(Anthemis nobilis L.). Família das Compostas. É uma erva rasteira, muito vivaz, de caule brancacento pubescente, até 40cm de altura, ramoso, estriado, com numerosas raízes; suas folhas são alternas, irregularmente bipinatífidas e com os segmentos pequeninos, lanceolado agudos, muito estreitos, verde-acinzentados, pubescentes aveludados.